Do que você está disposta a abrir mão?

Esse é “O” assunto quando pensamos em mulheres multitask. Trabalhar, casar, ter filhos, fazer carreira, viajar, ampliar os horizontes, aprender, se cuidar, progredir, seguir seus sonhos, suas ambições, ser feliz…ufa!  Dá pra fazer tudo? Acreditamos que sim. Mas por um preço. E o preço é abrir mão de ser o modelo perfeito em cada coisa. E aceitar o conflito. E aprender a driblar este peso sem muita culpa, olhando pra trás com leveza…

A questão é: somos honestas na hora de fazer escolhas?

Talvez esta seja a pergunta que mais perturba as mulheres multitasks: SIM, precisamos abrir mão e escolher; encarar os ganhos e sobretudo as perdas.

E aí entra o grande dilema: do que abrimos e do que não abrimos mão? Certamente esta é uma decisão pessoal e não existe receita coletiva nem conselho que funcione, mas gostaríamos de dividir algumas experiências que podem ajudar e, talvez, inspirar. Sempre tendo em mente que temos que abrir mão SIM!

Vamos aos fatos: para as mães que trabalham, quantas e quantas festinhas de aniversário ou gripes fortes, cafés da manhã com as mães da escola se tem que perder porque é preciso estar no escritório ou viajando? Quantas e quantas vezes é necessário recorrer a amigos ou familiares para ajudar na logística com as crianças pelo mesmo motivo anterior? Quantas vezes ao chegar tarde em casa as crianças já estavam dormindo?

Ou deixamos o marido esperando? Ou estávamos cansadas demais? Ou esquecemos aquele evento da família? E quando abrimos mão de sair com os amigos?

Para quem mora fora, não estar presente em momentos importantes para o país, como as mudanças políticas e os Jogos Olímpicos, sentir a energia que o brasileiro tem nestes momentos, estar “desenraizado”, não é fácil. Mas o jeito é compensar e, em relação aos Jogos Olímpicos,  nos encheu o coração ao ver o show que o  Brasil e a cidade Maravilhosa deram!

Por outro lado, se pode dizer muitos “não” ao trabalho. Ou se pode mesmo renunciar a trabalhar de uma vez ou por um período.  Ou tentar torcer o tempo, esticar, puxar e atender a tudo e a todos.

Não é nada fácil. Mas achamos que a sabedoria está na dose. E em conhecer profundamente a nós mesmos e os nossos limites. O que não podemos é abrir mão do que somos: nossos valores e princípios compõem a nossa essência. E essa é uma escolha individual. Destes não se abre mão independentemente das consequências. Por exemplo, o respeito aos outros e a si próprio, a liberdade de expressão, poder expor um ponto de vista independente do “politicamente correto”, enfim, a liberdade de se ser quem se é.

A parte mais importante é, uma vez feitas as escolhas, sabermos conviver com elas. Sem culpa. Não existe “receita de bolo” pra ser feliz. O que existe são ganhos e perdas. E VOCÊ no meio.

Pra falar deste tema tão fundamental do universo feminino de hoje, resolvemos inaugurar uma série de “posts” sobre essas escolhas de vida. Sobre abrir mão. E sobre os prós e os contras. A cada semana, convidaremos uma pessoa especial pra contar um pouco da sua história e das suas escolhas.

Esperamos que seja inspirador para todas nós!

Lilian & Serena